A crise econômica afetou em cheio a oferta de vagas temporárias no comércio. Dados locais revelam que Santa Maria segue a tendência do cenário nada mais animador do Estado, que reduziu pela metade as vagas temporárias em relação ao ano passado. Na quinta-feira, o "Diário" percorreu 78 lojas na Rua do Acampamento e no Calçadão. O levantamento indica que serão 100 oportunidades de trabalho temporário. Desse total, são 40 vagas em aberto (leia, abaixo, onde e como se candidatar).
Em alguns casos, como na Deltasul, não houve a contratação de temporários para manter o quadro atual de funcionários.
Já sabíamos que seria difícil. Este ano, houve queda de movimento e nos adequamos ao mercado diz o gerente Mateus Marques de Sena, acrescentando que, no ano passado, a loja chegou a ter três temporários.
Nas grandes redes, como a Renner, que tinha 12 vagas, e a Riachuelo, com 22, o processo está em andamento ou foi finalizado. Nas 12 lojas com vagas ainda em aberto, a maior oferta em um único estabelecimento é de seis vagas.
De modo geral, o momento é de cautela, como afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Everton Falk:
A economia é movimentada por expectativa. Como as expectativas, neste ano, não são boas, a tendência é que o número de empregos temporários seja bem menor. Mas, talvez, o momento seja mais difícil também em função do clima e das chuvas. Na hora em que esse clima estabilizar, acreditamos que a situação será mais favorável.
Dois meses de procura
Durante dois meses, Nathalie Souza de Almeida, 22 anos, garimpou um emprego. Na última terça-feira, foi contratada pela Cacau Show e ambiciona mais:
Se me efetivarem, melhor ainda. É o que a gente busca.
A gerente da loja, Valquíria Moretti Quinto, explica que são poucas as vagas de temporários na loja e será difícil ser efetivada, mas não é impossível:
Neste ano, teremos apenas uma vaga de efetivação. Geralmente o funcionário que mostra iniciativa e agilidade fica conosco.
Estado reduz pela metade
Segundo a Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) as admissões temporárias, que geralmente são feitas em setembro, ficaram para a metade de novembro e caíram de 18 mil, em 2014, para 9 mil esse ano.
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